Controle de Qualidade e a Indústria da Moda
Quando falamos em controle de qualidade sabemos já de antemão, que estão envolvidos padrões de produção, planejamento, controle de defeitos, entre outros requisitos mínimos, sempre com o intuito de ganhar produtividade e satisfazer as necessidades dos clientes.
Sendo assim, quando olhamos nossa indústria alimentícia, tão afetada nos dias atuais pela Pandemia, precisamos olhar ao longe, com esperança e estratégias. A dinâmica desta terrível doença infelizmente está paralisando a economia e o sistema financeiro.
Comparada à indústria da moda, o setor alimentício leva vantagem, pois sua produção não deve parar, pois é essencial, mas possui muitas regras a serem seguidas, assim como muitos obstáculos a serem vencidos, especialmente daqui pra frente. E a indústria têxtil também! Existem normativas que se aplicam a área da moda e que devem necessariamente ser compreendidas para que o setor cresça ainda mais. Uma simples falta de padronização de cores pode levar um lote de roupas ou tecidos a estarem “fora do padrão” e portanto, fora das vendas ou exportações.
Já na área de alimentos…
Na área de alimentos, nós já sabemos que a chamada “qualidade” dos produtos alimentícios inclui a aplicação de critérios rígidos, seguir regras e padrões internacionais, possuir excelentes fornecedores de matérias-primas, ter logística eficiente, cadeia de frio e preço competitivo. Ufa!! Isto falando resumidamente…
Comparando-nos à indústria da moda, onde uma simples falta de padronização de cores pode levar a um grande prejuízo, devemos ter muito claro em nossas mentes a necessidade de obediência a regras nas indústrias e estabelecimentos produtores de alimentos, e eu aqui me refiro especialmente a produtos frescos como a grande área das carnes, por exemplo, das quais somos um dos maiores fornecedores para todo o mundo, especialmente pro mercado Asiático.
Padronização sim! É grande nosso desafio, mas como todo grande desafio, passa por pequenos detalhes de Boas Práticas de Manufatura ou de Fabricação (BPF) que devem ser seguidos à risca. Ainda é comum vermos pessoas, mesmo treinadas rotineiramente, com dificuldades de seguir regras, e portanto, descumprindo legislações que são muito claras.
Podemos citar entre outros, o uso de barba e bigodes por funcionários e até por seus superiores, que deveriam dar o exemplo pros seus colaboradores! Mas qual é o problema deste ato? Simplesmente, além do fato dos pelos caírem, e é claro que caem, as pessoas com barba e bigode tendem a levar a mão mais vezes do que o necessário ao rosto, contaminando suas mãos e os alimentos, causando o que chamamos de contaminação cruzada. Higiene, regras básicas de higiene…tão em voga nos dias atuais de Pandemia!
➤ Abordamos mais sobre barbas e bigodes aqui
Poderíamos citar outro requisito mínimo, a necessidade de pias ou lavatórios exclusivos pra lavagem das mãos, exigência legal no ítem 4.1.13 (RDC n°216, 2004) em locais de produção de alimentos. Uma exigência legal, que simplesmente acaba sendo “deixada de lado”, por desculpas e até pela falta de espaço dentro de muitas áreas de produção. Que pena! O que venho “pregando” em meus Treinamentos a tantos anos, hoje faz toda diferença, incluindo a vida ou a morte de pessoas, como no caso da COVID- 19. Por um simples gesto, que feito com sabão adequado e no tempo correto, poderia livrar muitas pessoas de Doenças Transmitidas por Alimentos, as DTA`s, assim como de outras infecções tão graves.
Espero sinceramente que esta Pandemia possa fazer o ser humano pensar diferente, mudar seu modo de agir, especialmente em tarefas tão simples como a higienização das mãos!
Vamos pensar sobre isto?
Vamos juntos com a Consultech® melhorar a situação geral em termos de higiene pessoal nas empresas?