A maioria das profissões possui uma descrição de cargos e obrigações. Coisas específicas ao seu tipo de encargo ou trabalho. Desde 1943, com a consolidação das Leis de Trabalho, proposta por Getúlio Vargas, no Decreto n°5452, nossas leis trabalhistas passaram por várias mudanças e ajustes, incluindo os últimos, que ocorreram em novembro de 2017. Sendo assim, temos uma legislação específica pra cuidar de toda parte jurídica dos empregadores e empregados.
Os termos básicos e fundamentais de um Contrato de Trabalho podem ser definidos como um acordo de vontade entre duas pessoas, empregador e empregado, e os combinados entre as partes podem ser verbais. Com relação ao empregador, este tem obrigações perante a justiça de pagar o salário, horas extras, respeitar o repouso semanal, oferecer ao empregado ambiente adequado e seguro para o desempenho de suas funções, entre outros. Já ao empregado, cabe trabalhar com dedicação, zelo e boa fé, acatar e cumprir as ordens do serviço, respeitar chefes e colegas, não estragar materiais de trabalho e/ou os ambientes que utilizam, usar os EPI´s que são necessários, entre outros.
Definidas as funções básicas de cada um, podemos nos perguntar: O que uma pessoa está disposta a fazer para ser um bom colaborador, encarregado, gerente, chefe de sessão e até um diretor? Li um livro semana passada, excelente, e que recomendo, de autoria de Leandro Moreira (Editora Gente, 2019), onde ele afirma: os “tarefeiros” são colaboradores programados pra cumprirem tarefas, obrigações, mas não tem propósitos. Infelizmente falta-lhes a proatividade. Palavrinha mágica, que define muitas qualidades essenciais para quem deseja se diferenciar numa carreira, seja ela qual for. O termo proativo pode ser entendido como uma pessoa que age antecipadamente, resolvendo problemas, tomando iniciativa, contribuindo positivamente, e aqui as virtudes humanas precisam estar presentes e sendo executadas. O proativo possui confiança em si mesmo, se sente motivado e afortunado por exercer aquele cargo ou função. E vai além….
Infelizmente, tenho trabalhado com muitas empresas já a vários anos, onde existem muitos “ tarefeiros” e pouquíssimos proativos. Muitos colaboradores inclusive fogem, literalmente de Treinamentos, deixam de seguir regras básicas de segurança e até mesmo de cumprir as funções para o que foram contratados, isto é, não conseguem nem ser simples “tarefeiros”….e isto ocorre em todas as funções, desde aquelas consideradas básicas, até aqueles cargos chamados de “líderes”, termo ainda mal compreendido pela maioria das pessoas. Penso, como consultora, que devemos “quebrar paradigmas” e sermos positivos sempre, pois nosso país é um país de oportunidades, onde o Agronegócio realmente tem sido uma alavanca importante na nossa Economia. Acredito nisto, e como trabalho na área de Alimentos a mais de 20 anos, não tenho como separar estes assuntos.
Mas vejo realmente que precisamos nos educar, educar as pessoas que nos estão próximas, especialmente através dos nossos bons exemplos, animando as pessoas, mesmo as mais simples, mostrando a elas que através de virtudes como honestidade, respeito, humildade, gratidão, fortalecemos a moral e a nossa compreensão do mundo. Ensinar estas e muitas outras virtudes humanas a quem nos rodeia, além é claro, de treinar as pessoas para suas funções técnicas, pode fazer com que o ser humano se fortaleça e possa exercer suas funções com mais dignidade e gratidão, superando obstáculos e prosperando. É nisto que acredito!
“ Somos aquilo que fazemos repetidamente” – Aristóteles